quinta-feira, 21 de julho de 2011

Mais Pantanal nas folhas do diário!

Olá, amigos!

Gostei tanto da companhia de vocês na primeira página do diário que decidi continuar! Vocês se lembram que eu mencionei que fiz trilha, passeio de canoa pelo Rio Claro e focagem noturna!? Vou contar...

No terceiro dia pela manhã, fiz uma trilha para conhecer a vegetação típica deste bioma,  é muito rica e variada.  Na época de seca, os campos ficam cobertos por gramíneas e vegetação de cerrado, o gado e herbívoros em geral adoram. Já em locais que permanecem inundados ocorrem plantas, como a vitória-régia e aguapés, típicas da região Amazônica. É uma mistura e tanto!

Avistei nas árvores uma família de macacos-prego, um casal de tucanos, além de uma arara – canindé super simpática e muitas outras aves lindas, como a garça e o colhereiro. Foi um caminho enriquecedor!


No mesmo dia, após o jantar, o passeio mais esperado: focagem noturna! Estava muito ansiosa! Mas... Como conseguiria enxergar no escuro? Foi preciso levar lanternas potentes para iluminar os olhos dos animais em meio à vegetação.

Pela fazenda e pela Transpantaneira as capivaras e jacarés dominavam o ambiente, também vi uma lebre, duas raposas e a mais esperada da noite: a onça-parda. Uau! Pena que é um animal ágil a ponto de fugir das fotos! Mas... Vou descrevê-la! E, logo logo, coloco um video por aqui!

• Onça-parda

Nome Científico: Puma concolor

Também conhecida como Suçuarana, onça-vermelha, puma. Depende do costume da região onde é encontrada. É uma predadora, carnívora, de hábito noturno, ou seja, caçam principalmente durante a noite, capivaras, veados, lebres e até macacos quando sobem em árvores. Considerado um grande felino, mede até 2,30m de comprimento. Foi emocionante vê-la em meio selvagem!

 Depois de ter sido presenteada com a aparição na noite fria, resolvi descansar para acordar disposta para o próximo passeio. Fui dormir tremendamente feliz! Finalmente, hora de dormir com os grilos! Cri... Cri... Cri...


Contei também que vi uma jaguatirica? Olhem ela aí ! Bonitona na foto!

Mais um dia de aventuras  me aguardava! Depois de um café da manhã recheado de frutas e leite direto da mamãe vaca, seguimos para a próxima parada. Durante o caminho, vi um lindo veado alimentando-se calmamente de flores de aguapé (Foto). Em cima de uma árvore um casal de tuiuiús descansando, uma cotia correndo no meio do caminho e um bugio fazendo bagunça numa árvore. Muito divertido!



Subindo num mirante de 25 metros é possível sentir o vento bater no rosto e avistar o rio Claro de cima... Que bela vista!

Na calmaria do passeio, muitas garças nas margens do rio e uma família de ariranhas passando pelo rio (elas adoram comer peixe e tem os dentes muito afiados). Lá as margens são cobertas por matas ciliares, vegetação de campo limpo, mata de brejo e cerrado.

Na época em que a “cheia baixa” os rios ficam repletos de peixes e é um prato cheio para as aves mergulhadoras como a biguatinga, espécie típica do Pantanal. Voltei do passeio repleta de vivência e aprendizado.

Curiosidades interessantes:

• A EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária estima que existam 1500 espécies de flora no Pantanal

• No Pantanal existe cerca de:

• 280 espécies de peixes

• Mais de 600 espécies de aves

• 90 espécies de mamíferos

• E 50 espécies de répteis

Essa viagem, além de ser muito enriquecedora, me fez ver perto tamanha importância, já mencionada, deste lindo bioma que é o Pantanal. E mais, me possibilitou encontrar animais silvestres e selvagens em seu habitat natural, soltos e vivendo a vida deles como deve ser vivida.

Respeite e o lugar deles e eles respeitarão o seu! =) E lembrem-se sempre: Nós precisamos da natureza para dar continuidade as mais variadas formas de vida!

Ufa! Será que consegui passar um pouquinho da minha animação pós viagem? Já sinto saudades desse rico bioma! = )

Boa nova: Já tenho mais uma aventura para contar! Próxima parada: Ilha Grande (RJ)!


Um abraço a todos,

Bióloga Élen

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Diário da Bióloga - Um passeio inesquecível pelo Pantanal! Capítulo 1

Olá amigos da Turma! Tudo bem?
Hoje é o primeiro dia em que escrevo no meu no Diário aqui no blog da Turma da Árvore e estou muito animada para compartilhar com vocês passeios incríveis!

Estou irradiando felicidade, sabem por quê?

Aproveitei o comecinho das férias pra fazer uma viagem ao exuberante Pantanal, local que sempre sonhei conhecer. Voltei cheia de conhecimento e novidades!

Vamos começar a viagem?

Fui até uma cidadezinha chamada Poconé, que faz parte do Parque Nacional do Pantanal do Mato Grosso, considerada a região mais selvagem do bioma. O Pantanal é a maior planície inundável do Planeta e suas estações são regidas pelo regime da chuva. Existe época de cheia e a época de seca.

Enfim...Cheguei no fim de tarde neste paraíso e fui pega por muitas surpresas: seguindo pela Transpantaneira já pude avistar duas raposas e muitos bandos de aves rumo ao descanso do entardecer!  Um pouco mais tarde, visualizei muitos morcegos à procura de alimento e dezenas de capivaras observando tudo. Quanta biodiversidade!


Na manhã seguinte, bem cedinho, acordei junto com os pássaros para fazer “Birdwatching”(observação de pássaros). Eram tantos que foi difícil me concentrar em observar cada espécie! Também, num bioma onde existem cerca de 650 espécies de aves é fácil o céu se tornar a paisagem mais interessante e variada possível.

Vamos curtir as primeiras fotos da viagem?
 
Num passeio pela Transpantaneira... Já falei sobre essa estrada? Superimportante!


Transpantaneira: é o caminho que atravessa o Pantanal, é uma estrada de terra e vai desde Poconé até Porto- Jofre, divisa com Mato Grosso do Sul. Ela proporciona uma a visão de uma paisagem deslumbrante durante seu caminho, onde podem ser avistadas aves, jacarés e muito mais! Ficou curioso? Vou falar sobre vários animais a cada página do diário!

Curiosidades interessantes:

• O Rio Paraguai é o maior da região e atravessa grande parte do Pantanal, nasce na Serra de Araporé e faz fronteira com o Brasil e Bolívia.

• A pesca no Pantanal é de grande interesse devido à imensa quantidade de peixes, como o dourado, pintado, pacu, piranha e outros. E a pesca de arrasto é proibida, sendo somente permita a pesca artesanal, feita com vara, isca e anzol.

Hábitos e atividades da região

O povo Poconeiro é muito hospitaleiro. Recebe-nos com muita cordialidade e fartas mesas de comida típica, com direito a vitamina de cacau. Já provaram? As refeições têm horário certo e nada de alimentação industrializada, tudo caseiro e muito gostoso! Como comi bem! O leite tirado da vaca, sem passar pela parte industrial, é tão saboroso! E o ovo caipira tem a gema bem laranja, quase vermelha...Hum! Muito saudável!

Os donos e funcionários das fazendas cuidam do gado, sua maior fonte de renda. Mas ainda cultivam hortas e pomares somente para alimentação própria, já que, o solo não é rico em nutrientes.

Recado da Bióloga

Participando desse espetáculo ecológico fica clara a importância de se preservar este bioma, tanto por existirem espécies ameaçadas de extinção, como a Arara – azul e a Onça- pintada, como pelo motivo dessa diversidade ser de extrema importância para outros biomas! O Pantanal é a área de transição entre o Cerrado e a Floresta Amazônica. Esse paraíso merece muito carinho e atenção!

Quem se animou para curtir o Pantanal? Acompanhe os próximos capítulos da viagem! Também fiz trilhas, passeio de canoa pelo rio Claro e Focagem Noturna! :)

Muito obrigada pela companhia e até a próxima aventura, amigos!

Bióloga Élen Soares, recheando o blog da Turma da Árvore de bons achados!



sexta-feira, 1 de julho de 2011

Diversão com exercício: jogo da amarelinha!

Olá, amigos! Como vão todos? Estou tão animado, pois passei em todas as matérias com nota boa e agora vou poder aproveitar as férias escolares e brincar muito!

Uma brincadeira que eu acho muito divertida é a amarelinha, pulo sempre aqui no bosque. É brincadeira pra menino também, sim! A turma toda se diverte! Sabem como joga, né?

1) Com um giz, é só desenhar no chão quadrados enumerados de 1 a 10, acima do 10, desenhe a forma oval e escreva: Céu! (Fiz um desenho aqui do lado, viram?)

2) Tire a sorte com os outros jogadores pra ver quem começa a jogar

3) Quem ganhar, começa. Agora é jogar uma pedrinha ou tampinha de PET na primeira casa. Tem que acertar o alvo!

4) Vá pulando com um pé só em cada quadrado e não vale pisar na casa que está a tampinha. Se pisar na linha ou na casa marcada, passa a vez para o próximo amigo.

5) Caso contrário, continue jogando e cada vez a tampinha é jogada na próxima casa!

6) Ao final, retorne até a primeira casa, pulando em cada uma do fim ao início. E não se esqueça de pegar a tampinha ou pedra de volta para jogar novamente!

É muito divertido e a gente passa o tempo todo pulando e nem percebe! Bom exercício ao ar livre, né?

 
Como eu me interesso muito por folclore, fui pesquisar a história da amarelinha. Vou contar!

A palavra “amarelinha” vem do Francês: Marelle, que no Brasil ganhou a adaptação, o sufixo “a” e o diminutivo. Essa brincadeira antiga faz parte do folclore brasileiro.

Não se sabe ao certo a origem desta brincadeira, somente que era jogada desde o Antigo Egito e foi repassada por gerações conforme as ocupações dos povos da antiguidade e foi se espalhando e ganhando diferentes regras e nomes em cada País ou Estado. Uma possível origem vem do início da Idade Média, quando as pessoas jogavam moedas nas escadarias das igrejas como prova de fé e contribuição e os visitantes pulavam as moedas para não pisá-las, então o caminho da amarelinha entre o céu e o final dela, pode ter significado religioso.

 
Você sabia que a amarelinha é conhecida por diferentes nomes?

• Em Portugal – Jogo da Macaca

• Na Angola – Avião ou neca

• Na Espanha – Cuadrillo, reino mora ou pata coja

• No Chile – Luche

• Nos Estados Unidos e Inglaterra - Hopscotch

• No Brasil mesmo, no Rio de Janeiro – Academia ou cademia

• Em Minas Gerais – Maré

Que legal! Então esse jogo é mesmo praticado em muitos países!

E hoje em dia, num mundo com tanta informação e tecnologia, muitas crianças se esquecem ou nem conhecem as brincadeiras antigas que são passadas de geração em geração. Então, vamos botar o corpo pra mexer e pular!

Reúna seus amigos e comece a brincadeira! Eu já vou lá chamar o pessoal da Turma pra aproveitar as férias.

Abraços, amigos! E uma boa diversão!

Toró

Pesquisa e texto da bióloga e colaboradora do Estúdio, Élen Soares, que
já pulou muita amarelinha com sua turma da escola!

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