terça-feira, 25 de maio de 2010

Os colonizadores da Natureza!

Oi, pessoal! Tudo bem?

Hoje de manhã, estava com o Toró juntando algumas folhas e gravetos do chão do bosque para fazermos uns desenhos legais, quando percebi uma coisa engraçada nos troncos das árvores. Vocês já devem ter visto também! Estou falando daquelas manchas verdes nos caules de algumas árvores, sabem? Pois é! Como é que nunca relatei isso antes no meu diário de aventuras? Bom! Antes tarde do que nunca! Depois da minha pesquisa de campo, fiquei sabendo que essas manchas engraçadas chamam-se líquens e esses líquens são seres vivos! Eles são formados pela associação entre fungos e algas e se desenvolvem na superfície de árvores e até pedras!

Eu nem sabia, mas os líquens ou líquenes são muito importantes! Eles são organismos pioneiros. Sabe o que isso quer dizer? Por exemplo, uma rocha nua não tem vida nenhuma, os líquens podem colonizar essa rocha e deixá-la preparada para outros organismos viverem nela. Graças a eles, um local antes inabitado torna-se habitável! Com a presença dos liquens, os musgos podem crescer ali e, graças aos musgos, vegetais maiores podem se desenvolver e assim a vida vai tomando conta do local! Legal, né?

Outra coisa bem legal que eu descobri, e que vai me ajudar bastante nas minhas futuras expedições como biólogo, é que os líquens também são indicadores naturais da qualidade do ar! Eles não conseguem viver em ambientes muito poluídos. Os líquens vermelhos, por exemplo, são ainda bem mais sensíveis e só crescem onde a qualidade do ar for boa. Então, se você vir um líquen vermelho por aí, siginifica que o ar é mais puro.
Só por isso já dá pra perceber como eles são importantes para todos nós, né? E eu que achava que eram só algumas manchas!

Agora vou lá terminar o meu desenho de folhas com o Toró!
Até a próxima pessoal!

Tuca

Pesquisa: Bióloga Paula Leme, colaboradora da Casinha na Árvore.
Fotos: Bióloga Paula Leme,

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Minha grande viagem pelo rio Amazonas!


A longa jornada!

Minha longa carreira como joão de barro correio me permitiu conhecer regiões distantes e incríveis por todo o Brasil. Todos diziam que a espécie joão de barro, por não ser uma ave migratória, deveria fazer entregas mais próximas, já que longas viagens não eram para mim. Que nada! Percorrer longas distâncias e sobrevoar lugares hiper diferentes do meu habitat sempre foram minha grande paixão. Minha família e colegas sentiam saudades, mas sempre adoravam quando eu voltava cheio de histórias e curiosidades! Hoje mesmo lembrei de um trabalho distante que fiz! Fui encarregado de entregar uma correspondência importante lá no norte do país. Já tinha minha casa de barro aqui próxima ao bosque que vivo hoje com a Turma, mas topei a longa trajetória e sobrevoei dias até a chegar à Bacia do Rio Amazonas, era no interior do estado do Amazonas a minha entrega. Acho que foram as paisagens mais bonitas que já vi! Hoje reuni a turma em volta da minha caixa de correio e falei tudo que aprendi sobre o rio Amazonas em minha jornada!


O Rio Amazonas

É o mais longo rio do mundo, e sua maior parte fica no Brasil. Ele é a parte central de uma rede de rios e canais, juntos formam a maior bacia hidrográfica do mundo! O rio nasce no Peru (um dos nossos países vizinhos cheio de lindas paisagens), seu curso nasce na nascente Ucayaly e desagua no Rio Solimões, já aqui no Brasil. Pude ir até sua nascente! Como já estava por lá, fiz questão de sobrevoar ele todinho! Entre a nascente e o oceano Atlântico, o curso d'água ganha os nomes de Lloqueta, Apurimac, Ene, Tambo, Ucayali, Solimões e Amazonas. Complicado, não é? É que sempre que pensamos em rios, pensamos em um único curso, mas os rios são bem interligados e podem percorrem grandes distâncias!

O Amazonas percorre vários estados do Brasil e tem mais ou menos 6.500km². Muito longo!

Durante a viagem, voei junto com as águas do rio, no mesmo sentido. Vocês sabiam que os rios correm em direção ao mar, onde vão desaguar? Pois é, e o volume de água do Rio Amazonas é enorme, pode chegar a 1/10 das águas que vão para os oceanos. Lembro que fiquei de bico aberto quando vi a força das águas se juntando ao oceano. O choque gera ondas gigantes, as chamadas pororocas! Elas têm até 5 metros e podem carregar até algumas árvores! Fiquei vendo bem do alto. Ainda bem que a entrega já tinha sido feita, ou as cartas ficariam enxarcadas.

Durante o caminho, vi que o Amazonas é muito importante para o transporte de muitas pessoas que moram na região. Por meio da navegação que a população tem acesso a muitas regiões amazônicas. Acompanhava as barcas de longe, via o entra e sai dos viajantes e ficava admirado ao ver aquelas paisagens verdes e lindas. Foi tão difícil ir embora! Só pensava em voltar um dia para ver novamente aquela imensidão de água e florestas! Toda vez que ouço notícias sobre o Amazonas e sua região, fico pensando que todo mundo deveria ver um dia aquelas imagens. Como a nossa natureza é bonita!

A Turma se animou e foi logo atrás de fotos, videos e mais curiosidades desse gigante rio na internet e nos livros. Ah, mas que incrível foi essa jornada...

Seu João


Pesquisa: Bióloga Paula Leme, colaboradora da Casinha na Árvore. Fontes: GTÁGUAS e Portal Amazônia

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Oficina com a Abraphel!



Olá, amigos da Turma da Árvore!

Nesse último sábado, dia 15, a equipe Casinha na Árvore pôde participar com uma Oficina do Toró do "VI Encontro de Apoio às Pessoas com Hemangiomas e Linfangiomas" na Câmara Municipal de São Paulo realizado pela ABRAPHEL. Foi uma manhã cheia de diversão e boas criações e plantações na companhia dos nossos amigos Gabi, Léo, Marília, Helô, Rafaela, Enzo e João! (Poxa, nem todos saíram nas fotos!) Foi um grande prazer para nós, colaborarmos com esse evento! Agradecemos o convite à Andrea Domingues e parabenizamos o seu importante trabalho!

Um abraço de toda Turma da Árvore!

Até a próxima Oficina do Toró!

terça-feira, 18 de maio de 2010

O maior mamífero terrestre brasileiro!

E esse troféu vai pra anta!
Quanto mais aprendo sobre ela, mais estranho eu acho quando alguém faz piada com seu nome! A anta é um animal muito interessante! No final de semana, fui no zoológico, observei ela com mais cuidado e fiz um monte de anotações no meu diário de aventuras! Quando cheguei em casa, corri para meu livro de ciências e descobri mais coisas legais!

Primeiro, aprendi melhor sobre o que são os mamíferos.
Eles são animais que possuem glândulas mamárias (as mamães produzem leite para os filhotes), também são endotérmicos (são os animais que possuem sangue quente), possuem pêlos e ou cabelos e nascem da barriga de suas mães. Eu fiquei sabendo que existe só um animal mamífero que não nasce da barriga de sua mãe, o ornitorrinco! Vou pesquisar ainda sobre ele e conto pra vocês outro dia.
São muitos os animais que a gente conhece que são mamíferos. A classe desses animais é chamada de Mammalia. Engraçado, né? Ah, e a fauna dos mamíferos é chamada de mastofauna. Nossa! Quantos nomes estranhos!

Mas, falando sobre as antas...
Existem vários tipos delas, as que vivem aqui no Brasil se chamam Tapirus Terrestris (esse é aquele nome engraçado científico). Ela pode ter até 1 metro e 20 centímetros de altura e pesar até 250 quilos. Elas só comem vegetais, por isso são herbívoras. O que eu acho bem legal nelas, é sua boca! Os lábios superiores são alongados e parecem uma mini tromba de elefante. Suas patas também são engraçadas, como se fossem cascos, e possuem três dedos nas patas traseiras e quatro nas dianteiras. E durante toda sua vida elas só procuram um parceiro pra acasalar. São maridos e esposas que se gostam bastante!

Vocês precisam ver os filhotinhos de anta! São bem diferentes dos adultos. Pra começar, eles nascem cheios de listras horizontais brancas pelo corpo, que com o tempo vão desaparecendo, e sua boca ainda é pequena e sem aquele formato de mini tromba. Sabiam que a gestação da anta leva 13 meses? Pois é! 4 meses a mais do que nós, seres humanos. Acho que a mamãe anta deve ficar meio cansada durante esse tempo.

Em cativeiro, quando estão no zoológico ou no criadouro, elas podem viver até 35 anos. Pra gente não parece muito, mas para elas é uma idade avançada!
Elas costumam viver em biomas como Amazônia, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica. O que me deixou um pouco chateado foi saber que estão ameaçadas, pois quando seu território é destruído, muitas acabam morrendo. A caça também é uma grande ameaça. Por isso que é importante sabermos mais sobre elas. Assim aprendemos a apreciá-las, não é?


Não vejo a hora de poder visitá-las de novo! O Toró e a Clarinha também estão animados pra irem comigo. Até a Moleza resolveu descer da Embaúba pra saber mais sobre a anta!

É isso, pessoal! Até a próxima descoberta e um abraço!

Tuca

* As fotos dos animais foram cedidas pela bióloga Paula Leme, colaboradora da Casinha na Árvore e responsável pelo conteúdo de biologia desse post. Ela alerta que temos sempre que respeitar os animais e observá-los de longe, sem assustá-los!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Tem geléia de morango no Blog da Clarinha!

Se eu fosse você, daria uma olhadinha nessa dica da Clarinha! Amanhã, ela vai fazer geléia de morango com a sua avó. Vou correndo para casa dela experimentar!

Lá no seu blog, ela conta como preparar!

Bom fim de semana, pessoal!
Toró

terça-feira, 11 de maio de 2010

Perereca, sapo e rã! Qual a diferença entre eles?


O sapo é marido da perereca? Mas, e a rã? Qual a diferença entre os três? Vocês já sabem? Eu sempre tive essa dúvida!

Hoje cheguei da escola e fui procurar no meu super livro de ciências a resposta! Muitas pessoas pensam que a fêmea do sapo é a rã, ou a perereca. Mas, na verdade, são três animais diferentes, existem sapo macho e sapo fêmea, rã macho e fêmea e perereca macho e fêmea. Os três fazem parte da classe Amphibia, que é a mesma da salamandra e da cobra-cega. Mas sapo, rã e perereca fazem parte ainda de uma mesma ordem, a ordem dos anuros. Descobri no livro que, na biologia, os animais e vegetais fazem parte de grupinhos de acordo com as suas características, assim é mais fácil para estudar e também reconhecê-los. "Classe" e "ordem" são duas dessas divisões. Organizado, não é? Tô gostando muito de saber de tudo isso. Acho que vou ser biólogo quando crescer! Ou cientista? Mais uma dúvida!


Sabem que tem jeitos bem fáceis de diferenciar o sapo, a rã e a perereca?

O sapo tem a pele bem mais grossa e enrugada, porque ele vive em ambiente terrestre. Também tem duas glândulas de veneno atrás dos olhos, são as glândulas paratóides! (Sabiam disso? Achei muito interessante.) O sapo nunca ataca com seu veneno, ele solta se as glândulas forem apertadas. (Melhor nunca fazer isso, né? A gente olha de longe!) As rãs têm a pele mais fina e uma membraninha entre os dedos, que são boas para nadar. Parece que as rãs usam luvas especiais. Muito legal! Elas são bem ligadas à água. E as pererecas? Como são? A sua pele é super lisa e tem ventosas nas pontas de cada dedo. Sabem o que são? São como adesivos, que servem para o ela se fixar nos lugares. Achei demais! Queria ter também!
Descobri outra coisa legal sobre esses três animais! Eles têm um monte de tipos de canto, cada um para um momento especial. Parece que tem um, por exemplo, que é para o macho chamar a atenção da fêmea e outro também para mostrar que é ele o macho que domina o território! Quanta coisa a gente pode aprender sobre sapos, rãs e pererecas! Eles vivem perto de rios, riachos, lagos. Deixa só eu ir para o sítio da minha tia para poder observá-los! Vai ser demais! Agora eu vou com os olhos e ouvidos bem abertos!


Até a próxima!

Tuca

* As fotos dos sapos e perereca foram tiradas pela bióloga Paula Leme, colaboradora da Casinha na Árvore e responsável pelo conteúdo e relatos desse post. Ela alerta que temos sempre que respeitar os animais e observá-los de longe, sem assustá-los!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Sábado no Parque da Independência!


Oi, pessoas! Tudo bom? Como foi o fim de semana de todo mundo?


Eu e o Toró nos divertimos muito! Sábado foi dia de passeio no Parque da Independência, uma super aventura na mata! A Clarinha não foi porque estava na praia. Mas a gente relatou tudo para contar tudinho o que viu por lá!


Pra começar, o parque é enorme! Tem um monte de coisas para ver e fazer! Tem gramado, tem um jardim todo arrumado e cheios de flores que é chamado de jardim francês, tem o museu, tem riacho, tem bosque, tem parquinho. Vocês precisam ir! É um programão. Fui bem acompanhado do meu caderno de anotações. Sabia que eu iria encontrar algum bicho diferente por lá! Não poderia perder a chance de fazer uma nova ficha para a minha catalogação de animais! Está super completa!


Logo que eu e o Toró chegamos, fomos correndo para o bosque! Esse bosque é chamado de Horto Botânico e é super importante para o parque há muito tempo, parece que desde 1905. (Vi em uma placa e anotei!) Lá, a gente encontra várias espécies nativas e muitos animais, principalmente muitas aves. Tem muitos pica-pau-do-campo, sabiá-laranjeira, cardeal, joão-de-barro, maritacas! O Seu João devia ter ido com a gente! Ele encontraria um montão de amigos! Conversando com o meu pai, a gente ficou sabendo que além do bosque ser bem legal para a gente passear, fazer exercícios, brincar, ele ajuda o solo a absorver a água da chuva, as suas árvores ajudam a limpar o ar e também o deixam bem mais fresquinho!


A gente passeou bastante pelo bosque! Tinham árvores enormes e super bonitas. Encontrei uma Embaúba! A árvore favorita da Moleza. Fiquei sabendo que, por lá, morava uma preguiça também, da espécie de três dedos. Estava lá olhando a árvore e tirando algumas fotinhos para nossa mascote, quando pulam dois macaquinhos super rápidos e mudam de galho. O Toró levou o maior susto! Lá fomos nós para ver o que era! Mas o papai logo nos contou que eram dois saguis e nos apontou a duplinha de amigos em uma árvore pertinho da gente. Peguei o meu caderno para anotar tudo o que eu reparava (sem chegar muito perto)! Tinha uma diferença entre eles: um tinha o pêlo em volta das orelhas preto, e o outro, branco. Assim que cheguei do passeio, fui procurar mais informações sobre eles em um livro que tenho aqui em casa!

Vi que esse pêlo em volta das orelhas chama-se "tufo", daí os seus nomes: sagui-de-tufo-preto (Callithrix penicillata) e sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus). Muito legal! Cada um vive com o seu bando no bosque. Esses dois deviam ser bem amigos.

Viram como ficaram as minhas fichas novas? Anotei tudo que descobri sobre eles! Até que o meu desenho ficou parecido.

Mas, fiquei com uma dúvida! Como é que esses animais chegaram ao parque que fica bem no meio da cidade? A Paula, bióloga amiga da Turma, me contou que esses animais foram abandonados ali e então, passaram a se reproduzir. Eles são bem simpáticos e divertidos, mas como o seu número cresceu muito, começaram a comer os ovos das aves e a aí, a população das aves caiu. Tudo está ligado, né? Além disso, a população de saguis cresceu muito e eles acabam saindo do parque e muitos têm se machucado na rua. Tudo isso muito importante a gente saber! Abandonar os animais não é nada legal, não é?

Posso falar só mais uma coisa super bacana? Bem perto do parque tem um Museu de Zoologia! Parece demais! Vai ser nosso próximo passeio! A gente só não foi, porque a minha mãe falou que a Clarinha também iria gostar de conhecer, então vamos em um próximo fim de semana! Mas tudo bem, já valeu muito o programão! O Toró também se divertiu. Ele ve contar mais coisas legais daqui a pouco!


Até mais,
Tuca

O parque fica em São Paulo, na Avenida Nazaré, Ipiranga. Abre todos os dias, das 5h às 20h sendo até às 21h em horário de verão. Sua infra-estrutura conta com praça para eventos, estacionamento, pista de corrida, aparelhos de ginástica, alameda para a prática de skate, playground, área de estar, banheiros e bebedouros.

* As fotos foram tiradas pela bióloga Paula Leme, colaboradora da Casinha na Árvore e responsável pelo conteúdo e relatos desse post.

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